quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Enquanto aguardam a verba, carnavalescos conhecem as regras

Até o final da tarde desta quinta-feira, a Prefeitura ainda não havia solicitado a sessão extraordinária da Câmara de Vereadores para aprovar o repasse de verba para as escolas de samba de Montenegro. Sem a aprovação do Legislativo, não tem como o Executivo repassar o dinheiro para a Associação das Escolas de Samba. E os carnavalescos já deram um ultimato: se o dinheiro não entrar até dia 25, não haverá carnaval.
Porém, coletivas de imprensa e reuniões dão a impressão de que tudo está resolvido para festa de Momo em Montenegro. Regras de conduta foram debatidas na última quarta-feira, com atenção especial às crianças.
O otimismo do vice-prefeito Marcos Griebeler na coletiva de imprensa da última terça-feira, 18, ainda não convenceu os carnavalescos. Manoel da Silva, diretor da Escola de Samba Tradição, é um dos que estão apreensivos. “Já tenho mais de seis mil Reais em cheques na rua. Se este dinheiro (verba) não chegar até o dia 30, quem vai pagar?”, questiona. Para a reportagem, Griebeler afirmou: “Não vai ter problema nenhum, nós conversamos na sexta-feira (14) com a vereadora Iria Camargo, que representava o vereador Ari Muller (presidente da Câmara) e ela disse que não haverá nenhum problema para a aprovação deste projeto”. O vice-prefeito ressaltou que o projeto será encaminhado ainda nesta semana, e assegurou que “não será encaminhado nenhum outro projeto para a Câmara”, apenas o da verba para o Carnaval, "para não haver nada que possa trancar a aprovação"

Crianças sem fio-dental
Na reunião de quarta-feira, da qual participaram representantes do Ministério Público, Conselho Tutelar, Brigada Militar, Polícia Civil, secretarias municipais de Saúde, Cultura e Turismo, além das escolas de samba, foram debatidas as regras para o Carnaval 2011. Um dos principais pontos era a participação de crianças nos eventos pré-carnavalescos e no próprio desfile.
Segundo o acordo, crianças de até 12 anos só poderão acompanhar as atividades acompanhadas pelos responsáveis legais. De 12 a 16 anos deverão ter autorização por escrito, e acima de 16 anos terão que apresentar documentos com fotos.
O assunto das fantasias tomou grande parte do debate. As conselheiras tutelares presentes ressaltaram que deixar uma menina com menos de 12 anos usar uma roupa muito ousada - “fio-dental”, exemplificou uma delas - é crime previsto no Estatuto da Criança e Adolescente, no artigo que fala da exposição de menores. As escolas e os responsáveis serão notificados caso haja algum flagrante deste tipo.
O promotor Thomas Colletto também foi enfático ao afirmar que “fornecer bebida alcoólica a menor, ainda que gratuitamente, é crime”. Ele pede a colaboração dos responsáveis pelas escolas na fiscalização e observância das leis. (JP News)

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