quinta-feira, 25 de março de 2010

Fórum de Comunicação debateu TV Cultura

Com a presença das diretoras da Fundação Municipal de Arte (Fundarte), Isabel Petry Kerhwald e Julia Maria Hummes, ocorreu na noite de quarta-feira, 24, mais uma reunião do Fórum Municipal para Democratização da Comunicação. A presença das diretoras se deu em razão de ter sido debatida na reunião anterior a situação da TV Cultura, que deve passar por adequações, atendendo orientações do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O encontro ocorreu no Sindicato dos Comerciários de Montenegro.


Além de Isabel e Julia, fizeram-se presentes ainda, André Luis Vagner (administração TV Cultura), João Luiz Pretto Menezes (comunidade), Adriano Alves de Oliveira (fundador da TV Cultura e editor do Jornal O Progresso), José Alfredo Schmitz (diretor da Rádio América e presidente da Câmara Municipal), Claudio Tenório (Sindicato dos Bancários), Vanderlei Lenz (comunidade), Oscar Plentz (TV Poá, de Porto Alegre) e Frederico Gaevelsen (Nova Linha Produções).

Após a explanação inicial de Joemir de Oliveira, coordenador do Fórum, Isabel passou a relatar a história da TV Cultura. Segundo ela, “a Fundarte jamais teve vontade de ter uma TV”. A diretora conta que, quando Adriano Alves adquiriu a concessão para uma TV Educativa, esta só poderia ser administrada por uma fundação. “Assim, a Fundarte passou a ser a detentora da concessão da TV”, explica.

Para viabilizar o empreendimento, foi formada a FundaMont, que teria, através de um acordo, assumido a parte técnica da emissora. Após análise do TCE, foi detectada que tal acordo era irregular, e o TCE orientou à Fundarte regularizar a situação, ou seja, passar a administrar sozinha o Canal 53. “Para isto só podemos contar com duas fontes: apoio cultural e verbas públicas”, argumenta Isabel.

As diretoras afirmaram, e foram endossadas pelo vereador Schmitz (PPS), que a Prefeitura já prepara licitação para a Fundarte contratar técnicos de TV e um jornalista. “A Câmara já aprovou ainda um repasse de 200 mil Reais para a compra de equipamentos”, anunciou o presidente do Legislativo. “Para manter uma TV custa muito dinheiro. A verba solicitada a Administração será cada vez maior”, ressaltou Isabel.

Em razão das perguntas acerca da atual administração técnica da TV, Julia Hummes argumentou que “não vale a pena discutirmos o passado. O TCE já se pronunciou e estamos tratando de seguir a recomendação”.

O representante da TV Poa, Oscar Plentz, relatou que a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), procura repetidoras no Sul do País, pois a TV Piratini, do Governo do Estado não fará parte da rede. “Poderia ser uma boa oportunidade para a TV Cultura, já que eles liberam verbas para equipamentos e instalações”, explicou.

Outra sugestão apontada foi de que o Fórum faça uma solicitação à Câmara de Vereadores para tratar da situação da TV Cultura, para que a comunidade fique a par do que está acontecendo e possa se manifestar. “A TV não pode fechar. Temos que encontrar uma forma de a comunidade fazer parte do planejamento da emissora”, projeta Joelmir.

Ao final, era consenso que, já que emissora será reformulada, é vital que a comunidade participe das mudanças, para que a TV Cultura possa exibir mais programas produzidos na região, sobretudo produções independentes.

falasefatos.com.br

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