A proposta do vereador Marcos Gehlen (PT) da realização de uma audiência pública para tratar das alterações nas linhas de ônibus de Montenegro atraiu muita gente a Câmara de Vereadores na noite de quarta-feira, 18. Após a exposição das razões da Viação Montenegro (Vimsa), feita pelo gerente operacional da empresa, Julio Hoerlle, 22 pessoas fizeram uso da palavra. Diretor de Trânsito disse que as alterações não foram aprovadas.
Em nenhuma das manifestações houve concordância com o projeto da Vimsa. As reclamações, já amplamente divulgadas pela imprensa, tratavam principalmente sobre os novos horários, itinerários e cobrança de duas passagens para deslocamentos de bairro a bairro sem cartão de vale-transporte. Foram feitas críticas também aos vereadores, por não fiscalizarem o processo de concessão de transporte público na cidade.
Höerlle explicou que as mudanças levaram em conta estudos feitos pela empresa, que determinaram horários e rotas com mais demanda. As reclamações, porém, demonstram que as alterações não resolveram nenhum problema, mas agravaram o que já vinha ruim. O gerente por várias vezes citou que as alterações de itinerários e horários são responsabilidade da Diretoria de Transporte e Trânsito.
Luiz Fernando Flores da Silveira, diretor de trânsito do município confirma que sua pasta tenha autonomia para determinar alterações em linhas e horários. Mas ressaltou que as alterações ainda não foram autorizadas. “As alterações que estão em execução ainda não foram aprovadas pelo Executivo Municipal e nem pelo Conselho Municipal de Trânsito”, destacou. Silveira destacou que após a Audiência Pública, tanto o conselho quanto o Executivo terão mais subsídios para analisar a situação. “Com certeza serão feitas alterações necessárias para devolver o conforto dos usuários”, afirmou.
Julio Höerlle argumentou que cada reclamação deve ser tratada pontualmente. “Não podemos sair alterando, porque o projeto que foi feito, tecnicamente está correto”. Sobre a falta de postos de vendas de cartões de vale-transporte, Höerlle explicou que o sistema é muito caro. “A implantação necessita de equipamentos que encarecem o custo total”, argumentou.
Uma das participantes sintetizou o descontentamento geral. Luiza Menezes frisou que “ou a Vimsa fica com a parte boa e a parte ruim, ou não fica com nada”. Segundo vários usuários presentes, a concessão deveria ser revista pela Administração. Esta questão não foi respondida pelo representante da Prefeitura, Ricardo Senger, secretário de Obras.
Matéria do jornal O Progresso
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